Quinta-feira, 14 de Julho de 2016
Leitura Bíblica Diária: Actos 6-10
Que casa me edificareis?
“Mas Deus se afastou, e os
abandonou a que servissem ao exército do céu, como está escrito no livro dos
profetas: Porventura me oferecestes vítimas e sacrifícios no deserto, por quarenta
anos, ó casa de Israel? Antes tomastes o tabernáculo de Moloch, e a
estrela do vosso deus Renfan, figuras que vós fizestes para as adorar.
Transportar-vos-ei, pois, para além de Babilónia. Estava entre os nossos
pais, no deserto, o tabernáculo do testemunho, como ordenara aquele que disse a
Moisés que o fizesse segundo o modelo que tinha visto. O qual nossos pais,
recebendo-o, também, o levaram com Josué, quando entraram na posse das nações
que Deus lançou para fora da presença dos nossos pais, até aos dias de
David, Que achou graça diante de Deus, e pediu que pudesse achar
tabernáculo para o Deus de Jacob. E Salomão lhe edificou casa; Mas o
Altíssimo não habita em templos, feitos por mãos de homens, como diz o
profeta: O céu é o meu trono, e a terra o estrado dos meus pés. Que casa
me edificareis? diz o Senhor, ou qual é o lugar do meu repouso? Porventura
não fez a minha mão todas estas coisas?
Actos
7:42-50
A
mensagem de Estêvão é complexa e completa. Há alguns temas principais que
percorrem toda a sua mensagem e aqui eles são bem visíveis. Um desses temas é a
presença do Senhor. Alguns judeus tinham a pretensão de que o templo era o
lugar onde Deus habitava. Temos de ter cuidado para não pensarmos que somos
mais do que aquilo que somos. Aquilo que somos capazes de fazer com as nossas
mãos está necessariamente manchado com a nossa humana incapacidade. Estêvão
lembra o seu auditório que o tabernáculo era algo temporário e o mesmo pode ser
dito até do templo de Salomão que ele menciona. O templo era para ser símbolo
da vontade do Senhor em habitar com o seu povo (agora Ele habita em todos os
redimidos por Cristo), nunca o lugar da habitação da plenitude de Deus. Este
primeiro mártir da era cristã também aproveita a sua mensagem para que aqueles
que o ouviam pudessem levantar os seus olhos. Os judeus tinham a tendência para
fazerem só seu o Deus de toda a terra. Estêvão lembra-os que, ainda antes de
ter entrado na Terra Prometida, a presença do Senhor tinha estado, no
tabernáculo, no deserto. Referindo-se a uma passagem do profeta Isaías, Estêvão
diz ainda que Deus não pode habitar apenas no templo, pois Ele habita nos céus e
tem a terra aos Seus pés. A referência à terra não é inocente. Como pode Ele
ser Deus apenas dos judeus, se Ele é Deus de toda a terra?
Sem comentários:
Enviar um comentário