domingo, 31 de janeiro de 2016

(Devocional) E teve compaixão deles - Mc. 6:30-44


Domingo, 31 de Janeiro de 2016
Leitura Bíblica Diária: Marcos 6-10
E teve compaixão deles

“E os apóstolos ajuntaram-se a Jesus, e contaram-lhe tudo, tanto o que tinham feito como o que tinham ensinado. E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui aparte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer. E foram sós, num barco, para um lugar deserto. E a multidão viu-os partir, e muitos o conheceram; e correram para lá, a pé, de todas as cidades, e ali chegaram primeiro do que eles, e aproximavam-se dele. E Jesus, saindo, viu uma grande multidão, e teve compaixão deles, porque eram como ovelhas que não têm pastor; e começou a ensinar-lhes muitas coisas. E, como o dia fosse já muito adiantado, os seus discípulos se aproximaram dele, e lhe disseram: O lugar é deserto, e o dia está já muito adiantado; Despede-os, para que vão aos lugares e aldeias circunvizinhas, e comprem pão para si; porque não têm que comer. Ele, porém, respondendo, lhes disse: Dai-lhes vós de comer. E eles disseram-lhe: Iremos nós, e compraremos duzentos dinheiros de pão, para lhes darmos de comer? E ele disse-lhes: Quantos pães tendes? Ide ver. E, sabendo-o eles, disseram: Cinco pães e dois peixes. E ordenou-lhes que fizessem assentar a todos, em ranchos, sobre a erva verde. E assentaram-se, repartidos, de cem em cem e de cinquenta em cinquenta. E, tomando ele os cinco pães e os dois peixes, levantou os olhos ao céu, abençoou e partiu os pães, e deu-os aos seus discípulos, para que os pusessem diante deles. E repartiu os dois peixes por todos; E todos comeram e ficaram fartos; E levantaram doze cestos cheios de pedaços de pão e de peixe. E os que comeram os pães eram quase cinco mil homens.”
Marcos 6:30-44


São tantas as ocasiões nesta passagem em que vemos a compaixão de Cristo pelos homens. A compaixão do Senhor não é como a do ser humano, que consegue mantê-la apenas no campo dos sentimentos e boas intenções. A compaixão do Senhor leva-o a fazer algo por aqueles com cuja dor se identifica. Jesus é aquele que nos dá descanso (v. 31). Jesus é aquele com quem podemos ter comunhão íntima (v. 32). Jesus é aquele que nos ensina verdadeiramente (v. 34). Jesus é aquele que nos desafia a confiarmos mais (v. 37). Jesus é aquele que nos mostra o potencial de serviço que temos nele (v. 38). Jesus é aquele que dirige os nossos olhos para o Pai e nos ensina a gratidão (v. 41). Jesus é aquele que nos capacita para ministrarmos a outros (v. 41). Jesus é aquele que nos sacia e satisfaz (v. 42). Jesus é aquele que nos dá muito mais do que pedimos ou imaginámos (v. 43). Perante tudo o que Jesus é precisamos examinar-nos a nós mesmos e perguntar: Estou a descansar em Jesus? Estou a aproveitar os meus momentos a sós com ele? Estou a aprender aos seus pés? Estou a fazer para Ele o que apenas ele pode fazer? Estou a viver em gratidão e acção de graças? Estou a partilhar com outros o que recebo dele? Estou a buscar a minha satisfação apenas nele? Sou consciente de tudo o que ele faz por mim e me dá?

sábado, 30 de janeiro de 2016

(Devocional) Os príncipes dos Horeus - Gn. 36:20-30


Sábado, 30 de Janeiro de 2016
Leitura Bíblica Diária: Génesis 36-40
Os príncipes dos Horeus

“Estes são os filhos de Seir, horeu, moradores daquela terra: Lotan, e Sobal, e Zibeon, e Ana, E Dison, e Eser, e Disan; estes são os príncipes dos horeus, filhos de Seir, na terra de Edom. E os filhos de Lotan foram: Hori e Hemam; e a irmã de Lotan era Timna. Estes são os filhos de Sobal: Alvan, e Manaath, e Ebal, e Shefo, e Onam. E estes são os filhos de Zibeon: Aja, e Ana; este é o Ana que achou as caldas no deserto, quando apascentava os jumentos de Zibeon, seu pai. E estes são os filhos de Ana: Dison, e Aolibama, a filha de Ana. E estes são os filhos de Dison: Hemdam, e Esban, e Itran, e Cheran. Estes são os filhos de Eser: Bilhan, e Zaavan, e Acan. Estes são os filhos de Disan: Uz, e Aran. Estes são os príncipes dos horeus: O príncipe Lotan, o príncipe Sobal, O príncipe Zibeon, o príncipe Ana, O príncipe Dison, o príncipe Eser, o príncipe Disan; estes são os príncipes dos horeus, segundo os seus príncipes na terra de Seir.”
Génesis 36:20-30


Temos aqui o registo, histórico e eterno, da genealogia do povo Horeu, que habitava no monte Seir, região também conhecida como Edom. Foi para esta região que Esaú e os seus descendentes foram viver e ali se tornaram, por um tempo, um povo importante. Esaú, tendo vendido e desprezado o seu direito de primogenitura, que lhe dava primazia na linhagem que daria origem ao Messias, mudou-se para esta região e a sua descendência misturou-se com a descendência dos Horeus. Porque ele não dava valor à sua linhagem, os seus descendentes também não se importaram de se misturar com os outros povos. O problema da mistura que se deu, foi que os Edomitas adoptaram os deuses e práticas pagãs dos habitantes de Seir com os quais se aparentaram. Acontece sempre o mesmo. Os filhos de Deus afastam-se no seu coração do Criador e começam a amar as coisas do mundo. Sabendo que a união entre a luz e as trevas nunca é da vontade de Deus, prosseguem mesmo assim com a desculpa que, unindo-se às trevas, conseguirão transformá-las em luz. Mas esta é uma união que não é natural. Rapidamente a luz empalidece e, pouco depois, ninguém a consegue distinguir das trevas. Foi assim com Esaú. A sua ligação com os Horeus foi trágica e conduziu ao seu desaparecimento como povo. Aqui está o registo das gerações dos Horeus, para nos lembrar de que para alcançar os que estão em trevas não precisamos de, unindo-nos a eles, sermos apagados.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

(Devocional) Um homem sincero - Job 1:1-3


Sexta-feira, 29 de Janeiro de 2016
Leitura Bíblica Diária: Job 1-5
Um homem sincero

“Havia um homem na terra de Uz, cujo nome era Job; e este era homem sincero, recto e temente a Deus, e desviava-se do mal. E nasceram-lhe sete filhos e três filhas. E era o seu gado sete mil ovelhas, e três mil camelos, e quinhentas juntas de bois, e quinhentas jumentas; era também muitíssima a gente ao seu serviço, de maneira que este homem era maior do que todos os do oriente.”
Job 1:1-3


Temos aqui a apresentação da personagem central deste livro antigo. Não sabemos muito acerca da localização exacta de Uz, a não ser que ficava no oriente. Em todas as terras, e em todos os tempos, Deus teve quem lhe prestasse adoração verdadeira. Ainda hoje, Deus continua a chamar um povo para o seu nome de todas a raças e línguas e povos e nações. Já faz parte do povo do Senhor? Job é um ser humano tal como nós, ele não é apresentado como sendo um sobredotado, apenas que “era homem sincero, recto e temente a Deus.” Certamente que o Senhor o tinha abençoado com muitas e variadas bênçãos materiais, mas isso pode também ser uma armadilha para muitos os que, colocando neste mundo os olhos, se esquecem de olhar para Deus. As riquezas de Job, que o faziam o maior do oriente, não eram, no entanto, a característica que o definia. A sua sinceridade e temor ao Senhor eram as suas maiores qualidades. Se um livro assim fosse escrito sobre nós, sob inspiração de Deus, sabendo portanto todos os segredos do nosso interior, como seria a introdução de tal livro? Qual a característica que nos define? Tal como Job, podemos simplificar o nosso olhar dedicando a nossa atenção em primeiro lugar para o Senhor. Afinal, tal como nos ensinou Jesus, se buscarmos primeiro o reino de Deus, todas as outras coisas serão acrescentadas.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

(Devocional) Purificação - Gn. 35:1-5


Quinta-feira, 28 de Janeiro de 2016
Leitura Bíblica Diária: Génesis 31-35
Purificação

“Depois, disse Deus a Jacob: Levanta-te, sobe a Betel, e habita ali: e faze ali um altar ao Deus que te apareceu, quando fugiste diante da face de Esaú, teu irmão. Então disse Jacob à sua família, e a todos os que com ele estavam: Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós, e purificai-vos, e mudai os vossos vestidos. E levantemo-nos, e subamos a Betel; e ali farei um altar ao Deus que me respondeu no dia da minha angústia, e que foi comigo no caminho que tenho andado. Então deram a Jacob todos os deuses estranhos, que tinham em suas mãos, e as arrecadas que estavam nas suas orelhas; e Jacob os escondeu debaixo do carvalho que está junto a Siquém. E partiram; e o terror de Deus foi sobre as cidades que estavam ao redor deles, e não seguiram após os filhos de Jacob.”
Génesis 35:1-5


Jacob recebe uma ordem directa de Deus. Ele deveria ir até Betel, esse lugar tão especial, e habitar ali. Como consequência da ordem de Deus, Jacob efectua uma purificação na sua casa e na sua família. A ordem de Deus foi uma oportunidade, aproveitada por Jacob, de analisar a sua vida, olhar para si mesmo, a sua casa e a sua família, como se os seus olhos fossem os olhos de Deus e remover tudo o que fosse ofensivo para os santos olhos do Senhor. Com o passar do tempo e, enquanto estamos nesta carne e neste mundo, podemos acumular determinadas coisas que, na correria do dia-a-dia, não nos apercebemos que desagradam a Deus e prejudicam o nosso crescimento espiritual e o nosso relacionamento com o Senhor. Precisamos de aproveitar as oportunidades, que nos são graciosamente dadas por Deus, para parar e olhar para as nossas vidas pelos olhos de Deus. Devemos, ainda, ter a coragem e a humildade de remover das nossas vidas tudo o que não interessa. A família de Jacob havia acumulado deuses estranhos (o versículo 4 diz-nos que estes estavam nas suas mãos) e a própria maneira de eles se vestirem havia sido contaminada pelos costumes dos povos à sua volta, pois tiveram de tirar das orelhas certos brincos que, possivelmente eram relativos também à idolatria. Se não tivermos o cuidado de parar para pensar de vez em quando, as nossas casas e até coisas simples como a nossa forma de vestir, serão afectadas pelo mundo ou pela carne. Purifiquemo-nos e sirvamos apenas ao Senhor.   

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

(Devocional) Vos anunciar o evangelho - Rm. 1:8-15


Quarta-feira, 27 de Janeiro de 2016
Leitura Bíblica Diária: Romanos 1-5
Vos anunciar o evangelho

“Primeiramente dou graças ao meu Deus, por Jesus Cristo, acerca de vós todos, porque em todo o mundo é anunciada a vossa fé. Porque Deus, a quem sirvo em meu espírito, no evangelho de seu Filho, me é testemunha de como, incessantemente, faço menção de vós, Pedindo sempre, nas minhas orações, que nalgum tempo, pela vontade de Deus, se me ofereça boa ocasião de ir ter convosco. Porque desejo ver-vos, para vos comunicar algum dom espiritual, a fim de que sejais confortados; Isto é: para que, juntamente convosco, eu seja consolado pela fé mútua, assim vossa como minha. Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido), para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios. Eu sou devedor, tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes. E assim, quanto está em mim, estou pronto para também vos anunciar o evangelho, a vós que estais em Roma.”
Romanos 1:8-15


É óbvia nestas palavras de Paulo a vontade que ele tinha de ir a Roma. Tal desejo, no entanto, ainda não se tinha materializado. Apesar de Roma ser a mais importante cidade do mundo de então, o desejo de Paulo não era turisticamente motivado. O apóstolo vivia intensamente o chamado que tinha recebido do Senhor e toda a sua vida estava imersa na missão que tinha recebido directamente de Cristo. Vemos nestas palavras a humildade de Paulo. Ele era o grande apóstolo dos gentios e, mesmo assim, vemo-lo a elogiar a fé daqueles seguidores de Cristo. Ele admite que pretende vê-los pois quer receber deles encorajamento. Isto deve ser para nós um desafio. Devemos rodear-nos das pessoas que possam ajudar-nos a crescer na fé. A nossa carne irá exigir que nos rodeemos daqueles que nos façam sentir importantes. A luta contra a carne trava-se aqui também. Finalmente, Paulo revela que pretende ir a Roma para lhes anunciar o evangelho. Como assim? Não são cristãos nascidos de novo aqueles com quem ele fala? O facto de eles serem crentes significa que receberam a mensagem do evangelho nalgum ponto das suas vidas. Eles ainda precisam que se lhes anuncie o evangelho? Paulo pensa que sim. O evangelho é a mensagem de que Jesus é aquele que supre a nossa incapacidade. Sem que Cristo viva em nós não conseguimos viver a nova vida que recebemos. Precisamos de ser lembrados quer da nossa incapacidade como da suficiência de Cristo. Constantemente.