Terça-feira, 24 de Janeiro de
2017
Leitura Bíblica Diária: Actos
26-28
Fugiu-nos
toda a esperança
“E, como aquele porto não era cómodo para invernar, os mais deles
foram de parecer que se partisse dali, para ver se podiam chegar a Fénix, que é
um ponto de Creta que olha para a banda do vento da África e do Coro, e
invernar ali. E, soprando o sul brandamente, lhes pareceu terem já o que
desejavam, e, fazendo-se de vela, foram de muito perto, costeando Creta. Mas,
não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado euro-aquilão. E, sendo
o navio arrebatado, e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo,
nos deixámos ir à toa. E, correndo abaixo de uma pequena ilha, chamada
Clauda, apenas pudemos ganhar o batel. E, levado este para cima, usaram de
todos os meios, cingindo o navio; e, temendo darem à costa na Sirte, amainadas
as velas, assim foram à toa. E, andando nós agitados por uma veemente
tempestade, no dia seguinte aliviaram o navio. E, ao terceiro dia, nós
mesmos, com as nossas próprias mãos, lançámos ao mar a armação do navio. E,
não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós
uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos.”
Actos 27:12-20
Esta não era uma tempestade
qualquer. Esta era uma daquelas tempestades que as pessoas experimentadas do
mar esperavam nunca ter de ver. Daquelas tempestades que apenas ouviam falar e
que significavam na maior parte das vezes o fim de uma vida inteira no mar. No
meio da tempestade estava o homem que Jesus havia pessoalmente escolhido para
liderar a propagação do evangelho entre os gentios. Será que isto era uma
contradição? Onde estava o Deus que Paulo servia? O Senhor não só tinha
permitido que Paulo ali estivesse, como tinha ordenado todos aqueles
acontecimentos por forma a contribuir para a glória do evangelho de que o apóstolo
era portador. A presença de Deus não se mede pela ausência de problemas. A
presença de Deus dá-nos as ferramentas para reagirmos e lidarmos com os
problemas. Porque temos relatos bíblicos como este, sabemos que podemos
continuar a dar testemunho do amor de Cristo mesmo que a maior das procelas se
levante. Que a maior das ondas que se levante à minha frente não consiga
arrancar dos meus lábios nada mais do que palavras de louvor e confiança naquele
que me resgatou. E, mesmo que eu chegue ao lugar em que toda a esperança humana
se acaba, que eu possa simplesmente continuar a confiar. Afinal, quando
deixamos de viver por fé deixamos de viver a vida cristã.
Sem comentários:
Enviar um comentário