Domingo, 15 de Maio de 2016
Leitura Bíblica Diária: Números 31-35
Misericórdia para o arrependido
“Falou mais o
Senhor a Moisés, dizendo: Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes; Quando
passardes o Jordão à terra de Canaan, Fazei com que vos estejam à mão
cidades que vos sirvam de cidades de refúgio, para que ali se acolha o homicida
que ferir a alguma alma por erro. E estas cidades vos serão por refúgio do
vingador do sangue: para que o homicida não morra, até que esteja perante a
congregação no juízo. E, das cidades que derdes, haverá seis cidades de
refúgio para vós. Três destas cidades dareis de aquém do Jordão, e três
destas cidades dareis na terra de Canaan: cidades de refúgio serão. Serão
de refúgio estas seis cidades para os filhos de Israel, e para o estrangeiro, e
para o que se hospedar no meio deles, para que ali se acolha aquele que ferir a
alguma alma por erro. Porém, se a ferir com instrumento de ferro, e
morrer, homicida é: certamente o homicida morrerá. Ou, se a ferir com
pedra à mão, de que possa morrer, e ela morrer, homicida é: certamente o
homicida morrerá. Ou, se a ferir com instrumento de pau que tiver na mão,
de que possa morrer, e ela morrer, homicida é: certamente morrerá o homicida. O
vingador do sangue matará o homicida; encontrando-o, matá-lo-á. Se,
também, a empurrar com ódio, ou com intento lançar contra ela alguma coisa, e
morrer; Ou por inimizade a ferir com a sua mão, e morrer, certamente
morrerá o feridor; homicida é: o vingador do sangue, encontrando o homicida, o
matará. Porém, se a empurrar de improviso, sem inimizade, ou contra ela
lançar algum instrumento, sem desígnio; Ou, sobre ela fizer cair alguma
pedra sem o ver, de que possa morrer, e ela morrer, e ele não era seu inimigo,
nem procurava o seu mal; Então a congregação julgará entre o feridor e
entre o vingador do sangue, segundo estas leis. E a congregação livrará o
homicida da mão do vingador do sangue, e a congregação o fará voltar à cidade
do seu refúgio, onde se tinha acolhido; e ali ficará até à morte do sumo
sacerdote, a quem ungiram com o santo óleo. Porém, se de alguma maneira o
homicida sair dos termos da cidade do seu refúgio onde se tinha
acolhido, E o vingador do sangue o achar fora dos termos da cidade do seu refúgio,
se o vingador do sangue matar o homicida, não será culpado do sangue. Pois
deve ficar na cidade do seu refúgio até à morte do sumo sacerdote; mas, depois
da morte do sumo sacerdote, o homicida voltará à terra da sua possessão. E
estas coisas vos serão por estatuto de direito em vossas gerações, em todas as
vossas habitações. Todo aquele que ferir a alguma pessoa, conforme ao dito
das testemunhas matarão o homicida: mas uma só testemunha não testemunhará
contra alguém, para que morra, E não tomareis expiação pela vida do
homicida que culpado está de morte: antes, certamente, morrerá. Também,
não tomareis expiação por aquele que se acolher à cidade do seu refúgio, para
que torne a habitar na terra, até à morte do sumo sacerdote. Assim, não
profanareis a terra em que estais; porque o sangue faz profanar a terra; e
nenhuma expiação se fará pela terra por causa do sangue que se derramar nela,
senão com o sangue daquele que o derramou. Não contaminareis, pois, a
terra, na qual vós habitareis, no meio da qual eu habitarei: pois eu, o Senhor,
habito no meio dos filhos de Israel.”
Números 35:9-34
Aqui vemos a forma como foram instituídas as cidades de
refúgio. Vemos também a regulamentação que haveria de guiar a forma como eram
tratados os processos dos que se acolhessem a estas cidades. Nos tempos que
correm, onde se fala muito do amor de Deus e pouco da Sua justiça, é hábito
ouvirmos que o Deus do Antigo Testamento era um Deus mesquinho e vingativo.
Passagens como esta, e são muitas, mostram-nos o amor e paciência de Deus,
mesmo ao dar a Sua lei. Quando o povo ocupasse a terra prometida, deveriam ser
estabelecidas cidades de refúgio. O objectivo era que quando alguém matasse uma
outra pessoa por acidente, pudesse encontrar abrigo numa destas cidades até o seu
caso ser julgado. Isto não significava que Deus estava a promover que
assassinos fossem poupados à sua pena merecida, mas que ninguém fosse morto “no
calor do momento” por um familiar da vítima. Se a culpa e intenção do assassino
fossem provadas, então, mesmo estando numa cidade de refúgio, o assassino seria
trazido perante a justiça (vs. 16-19). As cidades de refúgio são também
imagens, ou exemplos, do que Cristo é para nós. Mesmo sendo culpados dos mais
terríveis pecados, podemos acolher-nos em Cristo e, mesmo sendo culpados, Ele
nos recebe e nos poupa da pena que merecíamos pelos nossos pecados. Deus não é
obrigado a salvar ninguém pois todos merecem condenação. Deus salva porque Deus
é amor e nos enviou o Seu Filho para que, Nele, encontrássemos refúgio.
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