segunda-feira, 18 de abril de 2016

(Devocional) Antes que venham os maus dias - Ec. 12:1-7


Segunda-feira, 18 de Abril de 2016
Leitura Bíblica Diária: Eclesiastes 11-125
Antes que venham os maus dias

Lembra-te do teu Criador, nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos, dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento: Antes que se escureçam o sol, e a luz, e a lua, e as estrelas, e tornem a vir as nuvens depois da chuva: No dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas; E as duas portas da rua se fecharem, por causa do baixo ruído da moedura, e se levantar à voz das aves, e todas as vozes do canto se baixarem; Como, também, quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso e perecer o apetite: porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça; Antes que se quebre a cadeia de prata, e se despedace o copo de ouro, e se despedace o cântaro, junto à fonte, e se despedace a roda, junto ao poço, E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”
Eclesiastes 12:1-7


Esta é uma passagem acerca de aproveitar o momento presente entregando-o à vontade daquele que é o autor de todos os momentos. O contexto é o do aproximar do fim da vida e o autor traz à nossa consideração as dificuldades da velhice. A velhice é aqui descrita como uma época da vida em que são limitadas as capacidades do ser humano. As forças diminuem, a visão e audição sofrem, a dentição gasta-se e as coisas que antes eram prazerosas, deixam de o ser. Aqueles que adiam aquilo que devia ser feito, irão descobrir que mais tarde não o conseguem fazer. Estas são palavra violentamente práticas. A nossa utilidade terrena para aquele que nos criou termina quando esta vida se acaba. Não é a vida que se acaba (pois o espírito volta para aquele que o deu), é apenas esta vida que se acaba. É trágico quando os homens desperdiçam as suas vidas, e as oportunidades nelas contidas, por deixarem para depois aquilo que deveriam ter feito. Igualmente trágica é a vida que, considerada na velhice, se descobre ter sido dedicada a lutas fúteis e a pormenores que, vistos da eternidade, parecem insignificantes. Devemos ter cuidado para colocar os nossos olhos naquilo que tem valor eterno e não naquilo que a traça acabará por reduzir a nada. Aquele que tem os seus tesouros no céu, irá tê-los para sempre.

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